segunda-feira, 2 de maio de 2016

Prazer a Dois


Prazer a dois
Ter uma vida sexual satisfatória influência e muito a qualidade de vida das pessoas. As disfunções sexuais geralmente estão ligadas a uma deficiência de função erótica, que liga o cérebro a todo o corpo. Esses problemas podem afetar a postura corporal, a auto-estima, a confiança e também gerar algumas doenças somáticas e dores complicando a vida do casal. Na maioria das vezes, essas disfunções são tratadas por métodos pouco eficazes que envolvem medicação pesada que podem causar fortes efeitos colaterais e não apresentar o resultado desejado.

Dentro da fisioterapia existe um ramo que trata com 98% de eficácia essas disfunções, com total ausência de medicamentos, chamado fisiosexologia, que consiste em um conjunto de técnicas para harmonizar a função erótica no homem e na mulher, aumentando o rendimento sexual ou reabilitando-o quando está disfuncional. Esse método foi trazido para o Brasil pela Dra Priscila Calil Hermann em 2008, após formação com o próprio criador da técnica na Espanha. A Revista VOi conversou com a Dra Priscila que esclareceu as dúvidas sobre esse método.

O que é fisiosexologia?
É uma técnica de tratamento fisioterapêutico inovadora, uma forma natural, sem efeitos colaterais e ao mesmo tempo muito eficaz de tratar os problemas sexuais ou melhorar o desempenho sexual das pessoas. O tratamento de fisiosexologia inicia com educação e orientação sexual, para então ensinar a integração do corpo ao sexo, pois geralmente as pessoas têm uma visão muito focada nos órgãos genitais, esquecendo que o sexo é um exercício de corpo inteiro.

Como funciona o tratamento?
Há um leque de tratamentos que possibilita uma visão holística do paciente, e que dependendo do quadro individual é eleito de forma personalizada. Existem os tratamentos baseados na fisiosexologia, na fisioterapia pélvica e no treinamento cerebral. Também focamos a parte nutricional, estética e saúde de pelve e coluna lombar.

ENTENDA CADA TRATAMENTO
Fisiosexologia: é um tratamento mais global, de interconexão cérebro/corpo, que utiliza técnicas de reprogramação corporal global; Fisioterapia Pélvica: visa reabilitar musculatura e inervação de pênis, vagina e períneo, com técnicas de fortalecimento, relaxamento, respiração e utilização dos aparelhos de fisioterapia apropriados à região genital;
Treinamento cerebral: indicado aos pacientes que possuem fortes comandos cerebrais que acabam interferindo na sexualidade de forma negativa, com este pacientes são trabalhados a Noeróbica, para facilitar a neuroplasticidade cerebral e a criação de comandos cerebrais positivos para a sexualidade da pessoa.

Quais tipos de disfunções sexuais podem ser tratadas na clínica?
Para os homens ejaculação precoce, disfunção erétil, ejaculação retardada. Para as mulheres anorgasmia, dificuldade para chegar ao orgasmo, vaginismo e dispaneuria (dores no momento da relação). A clínica também oferece tratamento para melhorar desempenho sexual.

Por que as mulheres têm mais dificuldade que os homens para alcançar o orgasmo?
Normalmente o desenvolvimento da função erótica está vinculado à educação sexual que recebemos durante a vida, nossa sociedade ainda carrega muitos preconceitos e crenças a respeito da sexualidade e a mulher é o alvo principal deles. Até pouco tempo atrás, quando uma mulher sentia orgasmo era considerada histérica. Estamos ganhando mais liberdade na área, mas ainda carregamos muitas coisas ruins na nossa herança feminina.

Ao que pode estar associado as dores durante a relação e qual a solução?
A solução é buscar ajuda médica e descartar todas as doenças que possam estar associadas ao problema (infecções, endometriose). Se mesmo com tratamento médico as dores permanecerem a fisioterapia é uma grande aliada da mulher, pois as técnicas visam analgesia, fortalecimento e relaxamento de musculatura vaginal, liberação de inervação e diminuição de aderências, se houverem.

Quais pacientes procuram mais os tratamentos, homens ou mulheres?
Há 16 anos trabalho na área e os homens são os que mais buscam o tratamento, provavelmente carregam uma carga muito maior que a mulher nesta área, o que para nós ficou relegado, para eles virou uma sobrecarga.

Por que muitas vezes os pacientes não procuram ajuda? Existe ainda preconceito ou vergonha para buscar o tratamento?
A pessoa quando busca um tratamento como o que ofereço na Clínica Perfecto, que é um tratamento diferenciado, sem medicações, que busca a causa do problema, já fez a metade do seu tratamento, pois enfrentou a si mesmo e muitas das suas crenças, vergonhas e preconceitos, que são extremamente presentes na nossa sociedade. Hoje há mais liberdade para se falar no assunto, porém as pessoas não possuem conhecimentos para ensinar às gerações a terem esta liberdade e o que podemos constatar é uma libertinagem e promiscuidade, mas as verdadeiras causas dos problemas ainda continuam lá, escondidas dentro de uma sociedade que procura esconder o que pode existir de mais bonito entre duas pessoas.

Após quanto tempo de tratamento aparecem os resultados?
Dependem de cada pessoa e do problema que apresentam. Geralmente em um paciente que tem ejaculação precoce os resultados podem aparecer desde os primeiros atendimentos.

O que muda na vida das pessoas depois do tratamento qual o feedback?
Muitas coisas mudam após um tratamento que visa uma transformação global na vida da pessoa, o que os pacientes mais relatam é a melhora da vida conjugal, este feedback está presente em 85% dos casos. As pessoas ficam mais felizes, sentem mais prazer em viver quando sua sexualidade está desenvolvida. Sua postura corporal muda, sua postura consigo mesmo e com os demais melhora, pois fica mais confiante e seguro de si.

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DISFUNÇÕES FEMININAS, O QUE SÃO?
Anorgasmia: mulheres que não conseguem chegar ao orgasmo nas relações, apresentam excitação normal, têm prazer durante o coito, mas não conseguem explodir. Pode ser de origem primária (desde o início da vida sexual) ou secundária (após um período de normalidade). Mulheres após partos, cesáreos ou vaginais, podem apresentar problemas de orgasmo. As causas são diversas, mas todas vinculadas ao desenvolvimento de função erótica, que ficou desarmonizado.

Dificuldade para chegar ao orgasmo: as mulheres têm excitação normal, prazer durante o coito, mas demoram muito para atingir o clímax. Causas podem estar vinculadas à diminuição de sensibilidade local, hiper ou hipossexualidade ou problemas com o parceiro. Dispaneuria: dores no momento da relação. Acontecem por inflamações locais, procedimentos estéticos (como laser, por exemplo), gestações ou diminuição da lubrificação.


Vaginismo: dificuldade de relaxamento da musculatura vaginal que permita o coito. Geralmente tem causas psicológicas e emocionais muito fortes.

DISFUNÇÕES MASCULINAS, O QUE SÃO?
Ejaculação precoce: dificuldade que o homem possui em controlar a ejaculação pelo tempo desejado. Ela pode ser primária, que acontece desde as primeiras relações ou secundária, que ocorre após um período de normalidade. Ambas têm origem na falha de desenvolvimento de função erótica, desarmonia cerebral, dificuldades na balança dopamina/serotonina (neuro hormônios de prazer e bem-estar), o que gera ansiedade em alguns pacientes e acaba causando o descontrole, além dos problemas funcionais, isto é, musculatura perineal e peniana descompensadas.

Disfunção erétil: dificuldade que o homem possui em ter ou manter a ereção. Tem causas diversas, como por exemplo, ansiedade, problemas psicológicos (depressão, insegurança, autoestima baixa), doenças orgânicas (cardíacas, prostáticas, colesterol elevado, obesidade...), doenças metabólicas (diabetes, problemas hormonais), causas ortopédicas e neurológicas (hérnia de disco, ciatalgia, pubalgia, pubeíte...) e causas funcionais (em músculos e nervos), alguns pacientes apresentam causas diversas associadas ao problema. Este problema pode se desenvolver em qualquer fase da vida do homem. 

Fonte: Dra Priscila Calil Hermann




domingo, 1 de maio de 2016

FISIOSEXOLOGIA TRATA DISFUNÇÕES SEXUAIS DE FORMA NATURAL SEM MEDICAMENTOS

De bem com a vida

As disfunções sexuais, tanto em homens quanto em mulheres, são capazes de abalar profundamente os relacionamentos. Esses problemas ainda são vistos

pela sociedade com muito preconceito e os afetados muitas vezes deixam de procurar ajuda por vergonha e falta de infor- mação. Na maioria das vezes, essas disfunções são tratadas por métodos pouco eficazes que envolvem medicação pesada que pode causar fortes efeitos colaterais e não apresentar o resultado desejado.

O que muitos não sabem é que dentro da fisioterapia existe um ramo que trata com 98% de eficácia essas disfunções, com total ausência de medicamentos, chamado fisiosexologia, que trabalha a musculatura pélvica por meio de aparelhos e exercí- cios. Este método age diretamente na causa do problema, ou seja o SNC (Sistema Nervoso Central), ensinando o paciente a treinar o cérebro e o corpo para que ambos funcionem em harmonia.

“O tratamento dura cerca de quatro meses e os resultados vêm antes do final dele, desde que o paciente tenha uma relação saudável com a parceira. No primeiro mês é realizado uma vez por semana em consultório, depois vira quinzenal e mensal”, explica a fisioterapeuta Dra. Priscila Calil Hermann, da Perfecto Soluções em sexualidade. A profissional tem formação internacional em Fisioterapia Uroginecológica e Fisiosexologia e atua há 15 anos na área.


O maior aporte de pacientes, segundo Priscila, são os que apresentam disfunção erétil e ejaculação precoce, mas é possível ainda tratar aqueles com dificuldade para ejacular. Nas mulheres o tratamento funciona para aquelas com anargosmia – que não têm orgasmo – e também para dores durante a relação. “A ejaculação precoce geralmente é primaria, o paciente apresenta desde a primeira relação. Já a disfunção erétil pode ser adquirida e também sofre influência de algumas causas orgânicas como diabetes, problemas cardíacos, pressão alta e colesterol eleva- do”, esclarece Priscila. “Se não existe nenhum desses problemas em três sessões já começam a aparecer os resultados. É igual a andar de bicicleta, aprendeu não esquece mais”, compara.